29.09.2022
29.09.2022
3 mitos sobre o clitóris

Embora a ciência continue a avançar, parece-nos que não sabemos o suficiente sobre o mítico (que é bem real) clitóris… Além disso, a constante disseminação de informação falsa ou incorreta continua a causar muitas dúvidas, tanto a homens como a mulheres.
Chega de informação confusa, ideias sem fundamento e preconceitos com o corpo feminino. Se tens dúvidas, não precisas de ter medo de perguntar, é a melhor forma começarmos a educar, coletivamente, a sociedade, para que todas possamos tirar o melhor partido do nosso corpo.
Ainda assim, estamos cá para ajudar, por isso hoje trazemos-te 3 mitos sobre o famoso clitóris.
1. O Clitóris não existe
Esta afirmação é tão mentira quanto descabida. Por norma quem o diz acha MESMO que este órgão dedicado ao prazer não existe. E isso acontece porque não sabem do que estão à procura.
O clitóris é o “nó” externo que conseguimos ver, mas isso é apenas uma parte dele – são apenas as glândulas que formam a sua cabeça. A partir daí há milhares de nervos e 18 partes distintas que fazem com que a magia aconteça.
2. O clitóris cresce com o tempo.
Na verdade, o que acontece é que à medida que a mulher envelhece a vulva acaba por perder gordura. Isso dá a ilusão que o clitóris é maior do que antes. No entanto, não acontece nenhum crescimento nele, só fica mais visível com o tempo.
3. Tem 8000 terminações nervosas – duas vezes mais do que o pénis.
Embora esta afirmação seja amplamente usada em livros, artigos e notícias não é beeeeem verdade.
Então de onde é que isto veio?
A pesquisa original diz-nos que o que sabemos é quantas terminações nervosas existem no clitóris de uma … vaca. Sim, leste bem. A pesquisa original estudou vacas e não mulheres. LOOL.
E, sim, nós sabemos que são mamíferos e que foi uma forma de comparação maaaaas, embora cada mamífero fêmea tenha um clitóris, eles vêm em todas as formas e tamanhos. Alguns exemplos: a fêmea do golfinho tem um clitóris gigante, a hiena dá à luz através do seu clitóris e os cangurus têm três vaginas.
Em suma: estudar animais não é provavelmente a melhor maneira de aprender anatomia feminina.
Durante séculos foi um bicho de 7 cabeças, uma maldição e o culpado de bruxaria (estamos a falar a sério!). Foi ignorado pela comunidade médica e condenado pela sociedade. Já chega.
Está na altura de começar a estudá-lo com respeito e a entender a sua importância. A final de contas, é o centro do prazer.
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